Eu e meu grande amor

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um dos nossos momentos mágicos

sábado, 30 de maio de 2015

Como descobri a alergia do meu bebê à soja

    Depois de descobrir a APLV do Rodrigo, retirei todo o leite e derivados da minha alimentação, pois ele estava em amamentação exclusiva. 
    Estava há meses sem comer bolo, brigadeiro, tortas, estrogonofe, molho branco...Coisas que eu amava comer.
     Na tentativa de achar substitutos, vi que existia produtos feitos de soja, como creme de leite e leite condensado. Fiquei super animada e resolvi experimentar. Fiz logo de cara um estrogonofe de carne e encomendei o bolo de batizado do Rodrigo com leite condensado de soja.
    Cerca de 48 horas após a ingestão destes alimentos, Rodrigo começou a passar muito mal: cólicas, gases, muco e sangue nas fezes, choro e irritabilidade. Arqueava seu corpo para trás ao mamar. Eu já conhecia estes sintomas: eram os mesmos sintomas da alergia à proteína do leite de vaca.
    Liguei para o pediatra, e ele me disse que cerca de 60% dos indivíduos com APLV também são alérgicos à soja. E, além disso, me alertou sobre os malefícios da soja, como já postei aqui no blog no artigo "Não ofereça soja para o seu bebê".
    Retirei a soja da minha alimentação, inclusive o óleo de soja, pois segundo o pediatra do meu filho não podemos confiar no processo de filtração do óleo, no qual as proteínas da soja deveriam ser totalmente retiradas. 
    Tive que me tornar ainda mais atenta aos rótulos, pois muitos produtos possuem lecitina de soja (algumas crianças reagem a lecitina, outras não). Na dúvida eu retirei. 
    Além disso, existe o mesmo problema em relação ao leite: rótulos incompletos, sem a informação sobre a possibilidade de conter soja.
    A luta continua. Ligo para os SAC das empresas para obter informações mais seguras e conto com o apoio de grupos de mães no facebook que se unem para trocar experiências.
    Comer na rua já era difícil, pois havia o problema da contaminação por traços de leite, agora se tornou impossível, visto que tudo leva óleo de soja.
    A vida social continua bastante prejudicada, pois tenho que levar minha marmita para onde vou, e sinceramente não me atrai ir à um restaurante e não poder comer nada. 
    Sofro muita pressão da família para parar de amamentar, mas tenho dois motivos fortes para persistir: o primeiro é que pediatra disse que os estudos indicam que as crianças amamentadas por mais tempo tendem a curar mais cedo da alergia; o segundo é que o Rodrigo ama mamar, não aceita chupeta e à noite quando acorda não pega mamadeira de jeito algum...
    Bem, é isso, espero ter ajudado e que ao lerem sobre a minha experiência com a alergia alimentar ganhem um novo ânimo para lutar e persistir na amamentação e/ou na dieta.
    Beijos a todos os leitores.





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