Tenho me deparado com muitas críticas em relação à escolha que fiz: vivenciar de maneira integral a maternidade.
Para uns pode parecer preciosismo, afinal de contas, nenhuma criança até hoje "morreu" ou ficou "traumatizada" por ficar na creche em período integral.
Minha opinião sobre o assunto é que a maioria das mães, acredito eu, gostaria de ter a possibilidade de cuidar e de educar o seu filho, dispondo de mais tempo para isso, seja diminuindo a carga horária do trabalho, seja abrindo mão do mesmo; porém, infelizmente, nem sempre isso é possível.
Acredite, as mães sofrem quando a licença maternidade termina...
No meu caso, tendo um filho com alergia alimentar e problemas de desenvolvimento, eu preferi assumir as rédeas da situação e me dedicar exclusivamente, abrindo mão de anos de profissão para encarar desafios diários na cozinha e no desenvolvimento do brincar.
Nessa minha nova "profissão", não existe reconhecimento, promoção, nem salário. Existe sim muito trabalho, criatividade e dias exaustivos.
Se me arrependo? Nem um único segundo.
O mínimo que uma mãe precisa, independente da escolha ou necessidade que ela tenha, é de empatia. As críticas não são bem vindas, ao invés disso, ofereça a sua ajuda. Ofereça ficar uma tarde com a criança, ofereça ouvir essa mãe, pergunte o que ela precisa e se esforce para auxiliá-la. Isso sim fará a diferença, e não críticas vazias e dedos apontados.
A maternidade é mágica e desafiadora por si só. Dar origem à uma nova vida e encarar a missão de cuidar e educar é motivo de alegria e superação.
Para quem teve que voltar ao trabalho, por necessidade ou por escolha; e para quem não voltou ao trabalho, seja por necessidade ou escolha: parabéns pela coragem e força!!!
Se vira nos 30, mãe de 30!
Eu e meu grande amor
terça-feira, 15 de agosto de 2017
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Anvisa aprova a regulamentação da rotulagem de alergênicos em alimentos
Ontem, dia 24/06/15, a Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou a regulamentação da
rotulagem de alergênicos em alimentos.
Isso representa uma grande conquista para o público alérgico, pois além da dificuldade em encontrar produtos que nos atendam, ainda corremos risco de nos enganar e colocar em risco a saúde de nossos filhos devido à falta de informação explícita nos rótulos.
Quantas vezes o meu filho (que ainda amamento) passou mal devido algum produto que eu consumi e passei para ele pelo leite... fui descobrir, chocada, que quase tudo tem traços de leite e soja, e meu filho reage fortemente aos traços.
Uma simples polpa de tomate, onde no rótulo tem escrito ingredientes: polpa de tomate e tomate. Inocente, não? Resolvi utilizar em minha comida, afinal a informação do rótulo deixa claro o que contém ali. Porém, 24 horas depois: meu filho irritado, soluços, assadura...Liguei para o SAC e pronto: ali tem traços de leite e soja.
Representantes da
indústria questionaram o prazo para adequação por entenderem que doze
meses não seriam suficientes para o setor e que o custo para adequação
nesse período seria muito alto.
Esse argumento foi questionado por representantes do Põe no Rótulo, pela
nutricionista Renata Pinotti e pelos próprios Diretores da Anvisa, que
reconheceram que o custo para a saúde pública não justificaria adiar a
entrada em vigor.
Com isso, o texto aprovado prevê doze meses, a partir da publicação no Diário Oficial, para adequação.
Para quem quiser mais informações, vale dar uma lida em:
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sexta-feira, 19 de junho de 2015
Dicas para eliminar os agrotóxicos
Os agrotóxicos são substâncias utilizadas para evitar o ataque de pragas aos alimentos. Sua utilização indiscriminada faz com que resíduos permaneçam nos alimento, podendo ocasionar danos à nossa saúde.
Como mãe, me preocupo ainda mais com esse abuso na utilização de agrotóxicos, pois não quero que o meu filho tenha contato e absorva substâncias tóxicas e cancerígenas.
O único jeito de garantir isso seria o consumo exclusivo de alimentos orgânicos, porém, fica muito caro manter uma alimentação só com orgânicos. Além do que, o Rodrigo só pode comer rã como fonte de proteína, e isso já encarece bastante a sua alimentação.
Pensando numa maneira de diminuir a exposição do meu filho aos temidos agrotóxicos, fui atrás de dicas que possam ser eficazes.
Existe muita discussão acerca do uso de determinadas substâncias como bicarbonato e iodo com a finalidade de eliminar os agrotóxicos, mas não existe comprovação científica.
Dentre todas as dicas que encontrei, acho que as mais confiáveis são:
- guardar os alimentos na geladeira por pelo menos 2 horas antes de higienizá-los. Isso evitará o fenômeno chamado uptake (ao mergulhar o alimento na mesma temperatura que a água, o agrotóxico presente na superfície tende a ser absorvido.).
-retire as folhas externas das verduras, pois geralmente é onde os agrotóxicos estarão concentrados;
-a seguir, lave-as em água corrente;
-coloque-as de molho na água sanitária por 30 minutos na proporção de uma colher de sopa para um litro de água ou utilize produtos preparados para esta finalidade;
-enxágue.
No caso dos alimentos com casca, devemos esfregar com bucha ou escovinha e detergente neutro. Isso vai remover boa parte dos agrotóxicos da superfície e evitará a contaminação do alimento pela faca ou descascador. Só após devemos descascar.
No caso do tomate, que recebe agrotóxicos sistêmicos, ou seja, que penetram em sua polpa, o melhor é consumi-lo maduro para dar tempo do excesso do veneno sair. Além disso recomendo a lavagem, o molho e o descasque.
No caso da banana, sua casca grossa protege a fruta.
No caso da batata, boa parte do veneno penetra na polpa.
Só podemos eliminar o veneno depositado na casca.
Em relação à cebola, além de retirar a casca, deve-se retirar uma ou duas camadas.
O morango e o pimentão,são campeões da concentração de agrotóxicos. A casca rugosa do morango predispõe ao acúmulo de veneno, e mesmo com a lavagem é muito difícil retirá-lo. Quanto mais tempo o alimento leva para amadurecer, mais pulverizações ele receberá.
Achei muita informação sobre a possível ação do bicarbonato, porém não achei nenhuma comprovação científica. Colocar o alimento de molho no bicarbonato na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, enxaguar e depois proceder à higienização com água sanitária. Isso seria eficaz para eliminar 80 a 90% dos agrotóxicos da superfície do alimento.
Aqui em casa eu passei a adotar esses procedimentos, inclusive o procedimento com o bicarbonato nas folhas, lembrando de sempre enxaguar para retirá-lo pois não deve ser ingerido.
Espero dessa forma estar colaborando para a saúde do meu filho e da minha família.
Uma dica legal que um senhor me deu em um dia que eu estava no hortifrut escolhendo verduras foi escolher as verduras que estejam com alguns furinhos. Isso significa que o bichinho foi capaz de ingerir a folha, e provavelmente esta verdura contém menos agrotróxicos que outra com a folha lisinha. Faz todo o sentido, não? E viva a cultura popular!!
Uma dica legal que um senhor me deu em um dia que eu estava no hortifrut escolhendo verduras foi escolher as verduras que estejam com alguns furinhos. Isso significa que o bichinho foi capaz de ingerir a folha, e provavelmente esta verdura contém menos agrotróxicos que outra com a folha lisinha. Faz todo o sentido, não? E viva a cultura popular!!
Torço para que os alimentos orgânicos se tornem mais acessíveis a todos ou que ao menos a fiscalização em relação aos tipos, quantidades e período de carência do agrotóxico ocorra e nos dê a segurança de consumir o alimento nosso de cada dia.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
O refluxo patológico em bebês
O refluxo
em bebês pode acontecer devido à imaturidade do trato gastrointestinal superior
(refluxo “normal”) ou quando o bebê tem alguma dificuldade de digestão,
intolerância ou alergia ao leite ou algum outro alimento da sua alimentação
(refluxo “patológico”).
Caso o
refluxo ocorra em grandes quantidades ou com muita frequência, o pediatra
deverá pesquisar a causa do problema.
Sintomas de refluxo em bebês
Os
sintomas de refluxo em bebê, nos casos em que é considerado doença, incluem:
- Sono agitado;
- Vômitos constantes;
- Dificuldade para mamar;
- Irritação e choro excessivo;
- Rouquidão, pois a laringe inflama;
- Dificuldade para ganhar peso;
- Inflamações frequentes nos ouvidos.
A dor e
desconforto do ácido gástrico em contato com a mucosa pode originar uma
esofagite. Outra das complicações mais graves do refluxo pode ser a pneumonia
por aspiração, que acontece quando o bebe "devolve" o leite que entra
pela traqueia para o pulmão.
Quando o
refluxo não é diagnosticado e tratado, a dor e o desconforto gerado pelo
refluxo podem fazer com que o bebê recuse a alimentação, o que pode comprometer
seu desenvolvimento.
Medidas para amenizar o refluxo
- Ao amamentar, apoiar o bebê nos braços, de forma que a barriga da mãe toque na barriga do bebê;
- Nas mamadas, deixar as narinas do bebê livres para respirar;
- Após as mamadas, para o bebê arrotar, deve-se colocá-lo no colo 30 minutos na posição em pé, antes de deitá-lo;
- Dar leite materno o máximo de meses possível;
- Evitar dar grandes quantidades de leite de uma só vez;
- Aumentar a frequência das mamadas;
- Evitar balançar o bebê;
- Trocar a fralda antes da mamada;
- Não vestir roupas que apertem a barriga do bebê;
- Deitar o bebê de lado e com a cabeceira do berço elevada cerca de 30 graus, colocando um calço de 10 cm ou um travesseiro anti-refluxo;
- A mamadeira deve ser dada sempre elevada, com o bico preenchido pelo leite;
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terça-feira, 9 de junho de 2015
A ditadura da maternidade moderna
Você vai ser mãe? Ótimo, siga a cartilha da maternidade moderna:
- volte ao trabalho o quanto antes senão seu chefe ou seus clientes verão que você não faz tanta falta assim
- providencie a creche onde colocará seu filho desde já, afinal, ele tem que se socializar com os amiguinhos e tias da creche e você tem que ficar livre para trabalhar,malhar, sair com amigas e dar atenção ao marido
- amamentar é coisa do passado, a criança fica forte é tomando fórmulas
- de nada adianta evitar doces e frituras pois seu filho comerá isso mais dia menos dia, seu esforço em criar hábitos saudáveis irá por água abaixo
- pensou em largar o trabalho para se dedicar ao seu filho? que total absurdo, sua carreira e independência financeira valem mais do que isso
- largou a carreira? Então você tem que cuidar da casa, lavar,limpar e fazer comida. Tá querendo vida boa sendo só mãe?
- volte ao trabalho o quanto antes senão seu chefe ou seus clientes verão que você não faz tanta falta assim
- providencie a creche onde colocará seu filho desde já, afinal, ele tem que se socializar com os amiguinhos e tias da creche e você tem que ficar livre para trabalhar,malhar, sair com amigas e dar atenção ao marido
- amamentar é coisa do passado, a criança fica forte é tomando fórmulas
- de nada adianta evitar doces e frituras pois seu filho comerá isso mais dia menos dia, seu esforço em criar hábitos saudáveis irá por água abaixo
- pensou em largar o trabalho para se dedicar ao seu filho? que total absurdo, sua carreira e independência financeira valem mais do que isso
- largou a carreira? Então você tem que cuidar da casa, lavar,limpar e fazer comida. Tá querendo vida boa sendo só mãe?
E por aí vai...
Digo às futuras ou novas mães, por experiência própria: quando peguei meu filho no colo pela primeira vez, minha única vontade foi viver a maternidade intensamente.
Essa vontade foi crescendo e quando decidimos aqui em casa que eu ficaria com o Rodrigo ao invés de colocá-lo na creche eu estava muito convicta da decisão.
Não tem sido fácil pois não tenho empregada nem babá, e Rodrigo tem muita energia. Tem dias que mal consigo almoçar.
Só que acompanhar cada conquista dele, cada nova gracinha, poder brincar e educá-lo, não tem preço. Sem contar a minha tranquilidade em relação à sua alimentação, pois ele tem alergia alimentar e reage até mesmo a traços de leite e soja por exemplo. Aqui em casa eu tenho certeza da sua segurança alimentar.
Invento brincadeiras, danças e demais atividades para entretê-lo, estimulando suas habilidades...
Percebo que a sociedade está às avessas. Ter um filho virou algo mecânico, pré-moldado.
Digo para algumas amigas que também optaram por cuidar de seus filhos que nós somos revolucionárias da nossa era. Somos as heroínas da resistência.
Invento brincadeiras, danças e demais atividades para entretê-lo, estimulando suas habilidades...
Percebo que a sociedade está às avessas. Ter um filho virou algo mecânico, pré-moldado.
Digo para algumas amigas que também optaram por cuidar de seus filhos que nós somos revolucionárias da nossa era. Somos as heroínas da resistência.
Sofro em ver mães retornarem da licença maternidade chorando. Elas não tem opção.
Sofro com o choro de seus bebês, que vão chorar até cansar, e então, pronto: estarão inseridos nas regras da sociedade. Tem pessoas que aí dirão: viu, não morreu por causa disso.
Graças a Deus tenho a oportunidade de me dedicar à maternidade integralmente e apesar de todas as dificuldades e a falta de tempo para fazer qualquer outra coisa, eu digo: não me arrependo de nada. Faria tudo novamente.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
A importância da amamentação precoce
Uma das coisas que me deixa muito revoltada é não ter amamentado
o meu filho logo após o nascimento. Isso aconteceu pela minha desinformação.
A pediatra que fez a sala de parto instituiu em seu
protocolo que os bebês recém-nascidos devem ter apenas um rápido contato com a
mãe após o nascimento e voltar a estar em sua companhia horas depois. Seu
argumento é referente ao cansaço do parto, e que esse seria um tempo para a
mãe se restabelecer da cirurgia e anestesia.
Com isso, o primeiro alimento que o meu bebê
entrou em contato foi com uma fórmula com leite de vaca. Seu intestino ainda
imaturo foi “bombardeado” com proteínas estranhas ao seu organismo.
Acredito
que isso fez disparar o gatilho da alergia ao leite de vaca do meu filho.
Me arrependo muito de não ter me informado melhor sobre a amamentação precoce e de não ter escolhido a pediatra da sala de parto.
Para que as futuras mamães entendam melhor do que se trata, fiz um resumo sobre a fisiologia do recém-nascido e da amamentação:
Ao nascer, o bebê está preparado para receber o colostro,
alimento rico em proteínas, que confere a ele sua primeira proteção imunológica.
O colostro também ajuda o intestino a amadurecer, dificultando a entrada de
microorganismos nocivos e alérgenos, além de fazer uma limpeza intestinal pelo seu
efeito laxativo.
Fornece açúcar de forma imediata e disponível ao bebê, sem a
necessidade de digestão ou transformação.
Também ajuda o bebê a não ter perda
de caloria muito grande e o ajuda a reter água.
Ao mamar, o bebê estimula a produção de ocitocina materna.
Este poderoso hormônio estimula as contrações uterinas, ajudando na eliminação
dos lóquios (restos de tecido do útero, sangue e muco), e estimula a descida do
leite.
O ato de o bebê sugar o seio da mãe também faz com que haja liberação da
prolactina, hormônio que estimula a produção do leite.
Além disso, o contato
com o bebê faz com que a endorfina também seja liberada, o que ocasiona
sensação de bem estar materna.
Facilmente podemos concluir que quanto antes for a primeira
mamada mais benefícios a mãe e o bebê terão.
A mãe ficará mais tranquila e
feliz, terá estimulada a sua produção de leite, e o bebê terá contato com o
alimento ideal para seu desenvolvimento e proteção.
Isso sem contar no vínculo
mãe-filho, que fica fortalecido desde cedo.
No meu caso, Rodrigo
nasceu por volta das 22 hr. Ele só foi para o quarto para mamar às 05:30 h.
Nesse tempo, eu mal consegui descansar pois a ansiedade me consumia. Qualquer
barulho eu pensava ser a enfermeira trazendo ele para o quarto. Sem contar que não
tinha posição para ficar na cama, tive uma coceira terrível devido a anestesia e meu marido, que dormia no sofá, roncava demais.
Ou seja, uma junção
de ansiedade e estresse. Tudo o que não colabora para o restabelecimento de uma
cirurgia, muito menos com a amamentação.
Recomendo a todas as futuras mamães que leiam bastante sobre
a amamentação precoce e procurem conhecer o pediatra que fará a sala de parto, conversando
sobre sua vontade de amamentar o bebê após o parto e de ficar
em alojamento conjunto com ele.
Existem estudos que atestam as vantagens da amamentação na primeira meia hora de vida do recém-nascido e a UNICEF apoia esta prática através da campanha Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
Não se deixem vencer pelo argumento do cansaço pós-parto usado por muitos médicos ou mesmo pelo discurso de que seu filho passará fome se consumir apenas seu colostro.
Esse é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para seu bebê.
Existem estudos que atestam as vantagens da amamentação na primeira meia hora de vida do recém-nascido e a UNICEF apoia esta prática através da campanha Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
Não se deixem vencer pelo argumento do cansaço pós-parto usado por muitos médicos ou mesmo pelo discurso de que seu filho passará fome se consumir apenas seu colostro.
Esse é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para seu bebê.
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Não estimule o comportamento competitivo
Não há nada mais cruel do que fazer comparações entre os bebês e crianças.
É muito comum quando duas mães se encontram na rua com seus bebês de idades próximas e uma delas dispara: o meu bebê já fala. Daí a outra retruca: o meu ainda não fala, mas já bate palminha...Pronto: foi dada a largada para a competição de qual bebê é o mais esperto, desenvolvido ou mais bonito.
Essa competição surge a partir dos pais, que orgulhosos de sua cria, querem enaltecer suas qualidades a todo custo e não aceitam que seu bebê fique "para trás".
Esse comportamento competitivo desde cedo permeando a vida do bebê apenas contribui para estimular a rivalidade.
Eu acredito que devamos sim enaltecer as qualidades dos nossos filhos, no sentido de estimular ainda mais seus talentos e seu desenvolvimento. A criança precisa deste combustível para avançar em suas descobertas.
O que não acho legal é a disputa que os pais instalam, tratando seus
filhos como troféus, estimulando o mesmo comportamento nos
pequenos.
Acredito que, acima de tudo, a criança deva entender desde cedo que cada indivíduo tem qualidades especiais, e que na vida em sociedade, elas se complementam.
Uma dica que dou para os pais é que estimulem seus filhos, parabenizando seus esforços e deixando claro que mais vale tentar e se esforçar em determinada atividade do que o resultado propriamente dito. Ensine-os a respeitar as diferenças.
Cabe a nós, pais, a função de educar nossos filhos com os valores da compreensão, respeito, cooperação e humildade.
Acredito que possamos através dos nossos pequenos tornar o mundo um lugar melhor, sem tanto conflito, um mundo onde não só as competências sejam valorizadas, mas principalmente a fraternidade e a solidariedade.
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