Eu e meu grande amor

Eu e meu grande amor
um dos nossos momentos mágicos

sábado, 30 de maio de 2015

Como descobri a alergia do meu bebê à soja

    Depois de descobrir a APLV do Rodrigo, retirei todo o leite e derivados da minha alimentação, pois ele estava em amamentação exclusiva. 
    Estava há meses sem comer bolo, brigadeiro, tortas, estrogonofe, molho branco...Coisas que eu amava comer.
     Na tentativa de achar substitutos, vi que existia produtos feitos de soja, como creme de leite e leite condensado. Fiquei super animada e resolvi experimentar. Fiz logo de cara um estrogonofe de carne e encomendei o bolo de batizado do Rodrigo com leite condensado de soja.
    Cerca de 48 horas após a ingestão destes alimentos, Rodrigo começou a passar muito mal: cólicas, gases, muco e sangue nas fezes, choro e irritabilidade. Arqueava seu corpo para trás ao mamar. Eu já conhecia estes sintomas: eram os mesmos sintomas da alergia à proteína do leite de vaca.
    Liguei para o pediatra, e ele me disse que cerca de 60% dos indivíduos com APLV também são alérgicos à soja. E, além disso, me alertou sobre os malefícios da soja, como já postei aqui no blog no artigo "Não ofereça soja para o seu bebê".
    Retirei a soja da minha alimentação, inclusive o óleo de soja, pois segundo o pediatra do meu filho não podemos confiar no processo de filtração do óleo, no qual as proteínas da soja deveriam ser totalmente retiradas. 
    Tive que me tornar ainda mais atenta aos rótulos, pois muitos produtos possuem lecitina de soja (algumas crianças reagem a lecitina, outras não). Na dúvida eu retirei. 
    Além disso, existe o mesmo problema em relação ao leite: rótulos incompletos, sem a informação sobre a possibilidade de conter soja.
    A luta continua. Ligo para os SAC das empresas para obter informações mais seguras e conto com o apoio de grupos de mães no facebook que se unem para trocar experiências.
    Comer na rua já era difícil, pois havia o problema da contaminação por traços de leite, agora se tornou impossível, visto que tudo leva óleo de soja.
    A vida social continua bastante prejudicada, pois tenho que levar minha marmita para onde vou, e sinceramente não me atrai ir à um restaurante e não poder comer nada. 
    Sofro muita pressão da família para parar de amamentar, mas tenho dois motivos fortes para persistir: o primeiro é que pediatra disse que os estudos indicam que as crianças amamentadas por mais tempo tendem a curar mais cedo da alergia; o segundo é que o Rodrigo ama mamar, não aceita chupeta e à noite quando acorda não pega mamadeira de jeito algum...
    Bem, é isso, espero ter ajudado e que ao lerem sobre a minha experiência com a alergia alimentar ganhem um novo ânimo para lutar e persistir na amamentação e/ou na dieta.
    Beijos a todos os leitores.





sexta-feira, 29 de maio de 2015

Não ofereça soja para seu bebê

    A soja se tornou a opção da moda para pessoas alérgicas aos laticínios. Só que a soja é  o segundo alimento alergênico mais comum.  
    Estima-se que 2/3 das pessoas alérgicas ao leite de vaca são intolerantes também ao leite de soja. Além do mais, o leite de soja é rico em alumínio. Isto porque sua proteína passa por processos de acidificação em tanques de alumínio para ser isolada. 
    A soja contém altas quantidades de várias toxinas químicas que não podem ser completamente destruídas nem por um longo cozimento. São:
-fitatos, que bloqueiam a absorção de minerais pelo corpo
-inibidores de enzimas, que atrapalham ou impossibilitam a digestão de proteínas
-hemaglutinas, que fazem as células vermelhas do sangue se aglutinarem, inibindo a absorção de oxigênio e o crescimento.
    A soja contém ainda altos níveis dos fitoestrógenos (também conhecidos como isoflavonas) que simulam e às vezes bloqueiam o hormônio estrógeno.
     Segundo Daniel Sheehan, diretor do Centro Nacional de pesquisa Toxicológica do FDA (USA), em 1998: "Bebês alimentados com soja estão servindo de cobaias numa experiência enorme, sem controle ou monitoração".
   De acordo com estudos, um bebê alimentado com leite de soja tem níveis de isoflavona 13.000 a 22.000 vezes mais altos que bebês não alimentados com soja.
    Como resultado dessa sobrecarga de fitoestrógenos, esses bebês têm risco dobrado de desenvolver anomalias da tiróide, incluindo bócio e tireoidite autoimune. Os meninos podem ter o amadurecimento físico retardado, e as meninas podem entrar na puberdade muito cedo, além do risco de infertilidade. 
    Os pesquisadores também sugerem que diabetes, mudanças no sistema nervoso central, comportamento emocional oscilante, asma, problemas imunológicos, insuficiência pituitária e síndrome do cólon irritável podem ser causados pelo alto consumo de fitoestrógenos na infância. 
    No ano passado, componentes da soja também foram implicados no desenvolvimento da leucemia infantil.



Dicas para bebês com Rinite

    A baixa umidade do ar pode causar a irritação de olhos, garganta e nariz em indivíduos sadios e piorar a situação de quem tem rinite alérgica e asma.  
    A rinite é de comum ocorrência no tempo seco. No nariz, o ar deve ser umidificado e filtrado, porém, com a umidade muito baixa, isso não acontece como deveria e ocorre a irritação da mucosa do nariz.

    Dicas para melhorar a qualidade da vida dos bebês com rinite:

1- Usar umidificadores de ar ou colocar uma vasilha com água ou uma toalha molhada no lugar onde irá dormir;

2- caprichar na limpeza da casa, preferindo passar pano úmido a varrer, pois ao varrer a poeira entra em suspensão; 

3- arejar a casa, abrindo janelas e portas;

4- ingerir bastante líquido para hidratar o corpo e as secreções- para mães que amamentam caprichar na ingestão de líquidos para favorecer a produção do leite;

5- cuidado com a exposição prolongada a ambientes com ar-condicionado, pois este ajuda a ressecar ainda mais o ambiente;

6- evitar produtos de limpeza com cheiro forte;

7- umidificar as vias aéreas. 

    Em relação ao último item, uma coisa que funciona muito aqui em casa é a nebulização com soro fisiológico. Rodrigo, como qualquer bebê, detesta que eu manipule seu nariz e não deixa eu borrifar aquelas soluções de soro fisiológico próprias para bebês. Quando tento colocar, ele chora e fica irritado, daí o nariz entope mesmo. 
    A solução que encontrei foi comprar um aparelho de nebulização ultrassônico para umidificar as vias aéreas do Rodrigo. Meu pai utiliza este nebulizador, por isso eu já sabia que era uma boa opção. 
    Gente, eu estou falando aqui da minha experiência pessoal, não ganho nada divulgando este produto e quem está melhor preparado para indicar o aparelho de nebulização ideal é o médico pediatra do seu filho.
    As vantagens deste aparelho para mim são ser silencioso, leve, prático, poder regular a intensidade da névoa, e o principal: poder fazer a nebulização sem o uso da traquéia e  até mesmo da máscara (essa foi uma dica dada pelo médico que acompanha o meu pai), o que torna o processo fácil e sem traumas. 
    Com certeza existe bastante perda de névoa desta forma, mas como meu objetivo é apenas fluidificar as secreções e umedecer as vias aéreas, funciona bem. 

 Eu uso assim, seu traquéia e máscara. 
       
    Depois vou postar um vídeo para vocês verem como faço. Espero ter ajudado e torno a recomendar a opinião do pediatra para a escolha do melhor aparelho de acordo com cada caso.























quinta-feira, 28 de maio de 2015

Por que a APLV promove o refluxo?

    Esse é um questionamento que intriga as mães de bebês com APLV.
    O que acontece é que devido à alergia ocorre a instalação de uma inflamação na parede do estômago e do intestino, fazendo com que os movimentos peristálticos (que fazem com que o alimento "desça") fiquem dificultados, levando a uma lentidão na eliminação do conteúdo gástrico (do estômago). 
    No momento em que ocorre o relaxamento espontâneo do esfíncter esofágico inferior (que funciona como uma válvula, localizado no final do esôfago), o material que está no estômago volta para o esôfago.

Alguns sintomas da alergia ao leite de vaca

    Pouco tempo após a descoberta do refluxo oculto do Rodrigo, os vômitos iniciaram, logo, o refluxo deixou de ser oculto. Os vômitos eram volumosos e muito frequentes, acompanhados de muito choro e irritabilidade. Algumas vezes ele vomitava logo após a mamada, outras horas após. Largava o meu peito e arqueava seu corpo todo para trás. A moleira ficava afundada, acusando desidratação. Seu abdome ficava distendido pelos gases, tinha diarréia e presença de muco nas fezes. Seu ganho de peso estava prejudicado.
    Foi um período muito difícil até descobrirmos a alergia ao leite de vaca. Tive que retirar todos os alérgenos da minha dieta, já que a proteína do leite de vaca passa pelo leite materno, e ele estava em amamentação exclusiva.
    Quem tem um filho APLV entra num mundo onde a alimentação segura é a alimentação de casa. Um mundo onde passamos a ler todos os rótulos e ligar para os SAC das empresas para ter certeza sobre a segurança do alimento.
     Descobrimos que uma infinidade de produtos contêm leite em sua composição, e descobrimos também que muitos deles, apesar de não serem compostos por leite, são contaminados pelos traços de leite devido ao uso de maquinários e utensílios compartilhados.
    A luta é diária para oferecer uma alimentação sem riscos  ao APLV. As mães que como eu ainda amamentam devem fazer a dieta de exclusão junto com seus filhos, o que reflete diretamente em nossa vida social e familiar.

Não deixe seu bebê chorar

    Neste post vou transcrever um texto maravilhoso, que retrata o que acredito sobre deixar o bebê chorar. 
    Fui duramente criticada pela minha família sobre isso (ainda sou), porém, fico muito mal de pensar que não acudi o meu filho quando ele estava precisando de mim. 
    Ele está na fase de ser dependente. Se um bebê chora, significa que ele está precisando de algo. Lembre-se que ele não sabe falar. Lembre-se também que ele enfrentará duras lições em sua vida e na maioria destas ocasiões você não poderá colocá-lo em seu colo e evitar o seu choro. O que são 3 anos frente a toda uma vida?


Não deixe um BEBE chorar


Não deixe um bebê chorar

De todas as teorias do universo materno, as que me assustam são: não dar colo para o bebê, regular a amamentação em horários cronológicos e deixar o bebê chorando. Elas me pegam na alma.

Bebes não sabem falar, nasceram em um ambiente aquático, escuro, cheio de movimento e calor e estão do lado de fora....

Precisam ser alimentados, estranham. Descobrem no peito uma maneira de ter o aconchego pleno.

Basta ver uma cadela: quando o filhote chora a mãe corre e aconchega. Bebês não choram a toa e se choram estão pedindo:
- Por favor me ajude

Ajude a dormir, a enfrentar a solidão, a lidar com a temperatura que oscila.

Quando um bebê pede colo ele está reconhecendo que você é uma segurança.

Quando você nega esse colo ele pode se acostumar com a negligência e resignar-se. Mas ele não está feliz.

Eu adoro o conceito: permita que as crianças sejam dependentes no momento em que podem ser, para que sejam independentes para toda a vida.

O que mais vejo neste mundo são pessoas dependentes e resignadas.

Dependentes de comida, de medicamentos, de sexo, de necessidade de aceitação.

São, algumas vezes, sobreviventes de pequenos ou grandes abandonos.

Algumas vezes vendo esses programas que difundem a idéia da Torturadora de bebês eu sinto algo inexplicável: eu choro com a mãe que chora, com o filho que dorme soluçando.

Não há nada mais fácil e prazeroso para mãe e bebê do que deitar junto com o bebe e dormir agarradinho.

É tão rápido que eles crescem. O que são 3 anos diante de uma vida toda?

Queremos tanto a independência precoce, exaltamos isso como troféu e depois questionamos onde se perdeu esse fio.

Eu vejo idosos abandonados com cuidadores ou em asilos e vejo ali o reflexo de uma sociedade que fecha os olhos para os dependentes trocando o amor por tecnologia, chupeta, mamadeira, berço que balança e no fim, uma cama fria e olhos de uma profissional contratada.

Assim começa a vida, assim ela termina. No meio um grande vazio que tentamos preencher. Um vazio cultivado em nome dessa ilusória independência precoce.

Espiritismo Brasil Chico Xavier.

Aprendendo a lidar com o refluxo

    A primeira frase que ouvi da gastropediatra que atendeu o Rodrigo foi: "bebês com refluxo são bebês de colo". 
    Essa é uma sábia frase para quem tem um bebê em casa com refluxo, pois a posição elevada faz com que eles se sintam melhor, pois anatomicamente favorece a descida do alimento e o não retorno do mesmo.
    Sem dúvida as medidas posturais auxiliam muito. Para o bebê dormir deve-se elevar a cabeceira do berço em um ângulo entre 30 e 45 graus. Aqui em casa meu marido adaptou uns calços de madeira que ele mesmo fez para permitir esta angulação. O travesseiro antirefluxo também pode ser usado com a mesma finalidade.
    O problema nos dois casos é que geralmente o bebê escorrega, daí o ideal é criar uma barreira por debaixo do lençol utilizando toalhas que fiquem posicionadas no meio das perninhas a fim de que ele não ultrapasse. 
    Pesquisando na internet, achei um colchão muito interessante que utiliza justamente esta ideia. Quem tiver condições de comprar, acredito que valha a pena, porém ressalto que deveria ter um jeito de prender a criança ao colchão. Acho perigoso o bebê ficar solto desse jeito. 
   



    No caso do Rodrigo, fizemos uma adaptação usando a ideia deste modelo, elevando a cabeceira do berço e utilizando toalhas por debaixo do lençol para freá-lo. Foi preciso utilizar também rolinhos para proteger as laterais.
    Outra coisa muito importante é a posição de dormir: o ideal é colocar o bebê de barriga para cima para evitar a morte súbita. Isso vale para bebês com ou sem refluxo. 
    Vale a pena dar uma lida neste artigo:  http://www.pastoraldacrianca.org.br/pt/saiba-mais-136?id=1534/

APLV- Alergia à Proteína do Leite de Vaca



    A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é um dos tipos mais comuns de alergia alimentar. 
    Os sintomas geralmente iniciam entre 0 e 3 anos de idade, sendo que 1 em cada 20 lactentes tem alergia ao leite de vaca.

 As possíveis causas associadas à APLV são:

1- a influência genética: filhos de pais alérgicos (qualquer tipo de alergia) têm75% de chance de desenvolver alergia
2- a exposição precoce às proteínas do leite-pois ao nascer, o intestino e o sistema imunológico do bebê ainda são imaturos, sendo difícil digerir as proteínas, absorvendo-as inteiras e/ou confundindo a proteína com algo nocivo ao organismo.
     Outras hipóteses são a menor exposição das pessoas à infecções devido aos hábitos de limpeza, vacinas e antibióticos, o que acarretaria modificações no sistema de defesa e o aumento do surgimento de alergias; e o consumo de alimentos com proteínas diferentes às comumente consumidas por determinada população (ocasionado pela transgenia e globalização).
 
    A melhor forma de prevenir o aparecimento desta alergia é o aleitamento materno exclusivo e evitar a exposição da criança ao leite de vaca ou à fórmulas infantis. 
    Os sintomas da APLV são variados, podendo ser cutâneos, gastrointestinais, respiratórios, e até mesmo anafiláticos.
    Uma vez diagnosticada a APLV, deve-se retirar toda proteína do leite da alimentação, o que inclui leite e derivados, bem como realizar uma checagem rigorosa de rótulos dos produtos industrializados e ligar para o SAC das empresas para averiguação, pois a maioria destes produtos contém leite em sua composição e não existe a correta rotulagem. 
    Corantes podem conter leite, como no caso do corante caramelo contido no molho shoyo, no refrigerante e na essência de baunilha de uso culinário. Temperos prontos geralmente contêm soro de leite. Embutidos como linguiças, salames e salsichas também. 
    A campanha #poenorotulo defende que os rótulos devem trazer informações claras ao consumidor sobre quais ingredientes estão presentes nos produtos, afim de garantir a segurança do público alérgico. Mais informações sobre a campanha em http://poenorotulo.com.br/

PASTORAL DA CRIANÇA LANÇA CAMPANHA "TODA GESTAÇÃO DURA 1000 DIAS"


     Com a chegada de um bebê a vida de todos muda. Descobertas, dúvidas e apreensões modificam a dinâmica de todos da casa. Sem dúvida alguma quando nasce um bebê nasce uma mãe. E o vínculo entre um recém nascido e sua mãe é algo extraordinário. Os primeiros 1000 dias de vida de um bebê são determinantes para sua saúde por toda sua vida. Este período vai da gestação (270 dias) + 730 dias (2 anos). O vínculo, o amor e os cuidados recebidos neste período influenciam pelo resto da vida, inclusive na perspectiva de uma velhice saudável.
     A campanha ocorre em parceria com a Rede Globo e conta também com um aplicativo chamado "1000 dias" , desenvolvido pela equipe técnica da Pastoral da criança. Qualquer mãe com acesso à internet poderá se cadastrar e receber mensagens de acordo com o tempo de gestação ou idade do bebê até os dois anos de idade.
     Assista o vídeo da campanha em https://youtu.be/Y7R9iuonK0Q

Um projeto da Pastoral da Criança. Uma campanha da Globo.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O refluxo Gastroesofágico

    O refluxo gastroesofágico é retorno do conteúdo gástrico ao esôfago devido à falha na função do esfíncter (válvula) entre o estômago e o esôfago, ocorrendo o vômito (ou regurgitação). 
    Em bebês até seis meses de idade, o refluxo na maioria das vezes é normal, não ocorrendo alterações de desenvolvimento e/ou comportamento. Esse bebê é chamado de "golfador feliz".
    Já quando o refluxo é acompanhado de dor, irritabilidade, dificuldade de ganho de peso, enjôo, queimação no peito e soluços, estamos diante do quadro de Doença do refluxo gastroesofágico. 
    Sintomas respiratórios também são comuns como tosse, chiado no peito, engasgos,bronquite, brocopneumonia, apnéia, e até mesmo a parada respiratória. Também pode ocorrer otite (inflamação do ouvido).
A doença do refluxo gastroesofágico geralmente é diagnosticada clinicamente, pelos sintomas apresentados. 
No refluxo oculto, o bebê apresentará todos os outros sintomas da doença do refluxo gastroesofágico, porém sem vômitos, o que pode retardar o diagnóstico.
As crianças com a doença do refluxo gastroesofágico têm alterações em seu desenvolvimento pois não ganham peso corretamente e podem chegar a apresentar quadros graves de desidratação devido à perda de líquido pelos vômitos.
    Se você mamãe suspeita que seu filho pode ter a doença do refluxo gastroesofágico, sugiro que converse com o pediatra e peça o encaminhamento para um gastropediatra para uma melhor avaliação. O gastropediatra irá realizar um exame clínico, avaliação do histórico da criança, e pedir os exames necessários para descartar outras possibilidades.
 




Descobrindo o refluxo oculto

    Desde que Rodrigo nasceu, eu achava que ele chorava demais. A pediatra que fez a sala de parto falou que isso era super normal e que se não queríamos ouvir choros que não tivéssemos um bebê.  Disse que esses choros eram devido à cólicas principalmente.
    Esta mesma pediatra recomendou que meu filho ficasse na incubadora, no berçário, desde o momento que nasceu- por volta das 22 hr de sexta, até o dia seguinte cedo-por volta de 05:30h, não permitindo que meu filho mamasse o colostro e introduzindo uma fórmula infantil como primeiro alimento do meu filho. Tive um breve contato com ele no dia do nascimento.
    Na manhã que chegou ao quarto ele chegou no quarto super tranquilo, eu e meu marido achávamos que ele seria uma criança super calminha. Ledo engano. Ali mesmo na maternidade Rodrigo era aquela criança que estava o tempo todo chorando. Quando não, estava mamando. No sábado por volta de 13h, ele foi levado pela enfermeira para mamar o complemento, pois segundo a pediatra ele estaria chorando de fome, pois o colostro não seria suficiente para alimentá-lo. Acreditamos nesta "verdade" e concordamos que ele tomasse a fórmula. Rodrigo ficou sem mamar mais nada até 17:30h, quando fomos trocar a fralda e ele regurgitou boa parte do leite que havia mamado a 4 horas e meia atrás. Segundo a pediatra, tudo normal.
    Em casa muito choro e noites sem dormir, continuamos acreditando que era normal. Levamos Rodrigo à consulta com a pediatra uma semana após o nascimento, e ela recomendou que déssemos a fórmula para ele dormir a noite toda e sempre que necessário. Ora, e a amamentação exclusiva? Esse foi um dos motivos que nos motivaram a procurar outro profissional.
    Com 18 dias de vida Rodrigo ficou dois dias inteiros chorando, e todas as manobras que tentamos para aliviar as cólicas não deram certo. Liguei para o seu novo pediatra e ele disse que provavelmente se trataria do refluxo oculto- o leite materno chegava ao estômago, se misturava ao ácido clorídrico e retornava para o esôfago, ocasionando queimação e dor. Foi prescrita uma medicação para alívio dos sintomas, o que melhorou o quadro mas não solucionou o problema. Em breve descobriríamos que haveria uma causa de base para tanto refluxo: a alergia alimentar. 

terça-feira, 26 de maio de 2015

Na sala de parto: que tensão!

    Muitas contrações, muita dor, e eu estava sozinha na sala de parto esperando meu marido chegar. O anestesista fez a raquidiana porém eu conseguia sentir meu dedão do pé direito se mexer rsrs. Além da pele da minha barriga estar super sensível ao toque. Eu pensei: nossa, quando for o momento do corte, eu sentirei demais. Será que é pra ser assim? Falei com o anestesista e após esperarmos que a anestesia fizesse melhor efeito, sem sucesso, tive que tomar outra anestesia. Nossa, que medo, e que estranho pois eu não sentia minhas pernas e as via sendo jogadas para cima, sendo dobradas, mais parecia um boneco. Que coisa esquisita e engraçada! Após a segunda anestesia, pronto, tudo certo, dedão do pé insensível e pele também! 
    Meu marido chegou e foi iniciada a cirurgia. Senti o coração acelerado e um pouco de falta de ar, mas graças a Deus tudo transcorreu bem.
    Ouvia as médicas e o anestesista conversando mas não podia ver nada, estava nervosa e ansiosa, quando finalmente o anestesista falou: se prepara que você vai sentir uma pressão forte: era a obstetra preparando espaço para o Rodrigo poder passar! Após um tempo meu marido fala: meu filho...com a voz embargada. Pronto! Comecei a chorar e ouvi meu filho chorar pela primeira vez! INDESCRITÍVEL  A SENSAÇÃO. A médica abaixou o pano de campo para eu poder vê-lo: lindo, apaixonante, ele deu uma ligeira golfadinha e chorava demais!
    Ali, naquele momento, nascia o grande amor da minha vida!!

domingo, 24 de maio de 2015

O grande dia!

      Sexta-feira, dia 02 de maio de 2014...Era um lindo dia de sol, típico do outono do Rio de Janeiro. Eu, que amo praia e queria ter parto normal, li na internet que para estimular o trabalho de parto muitas mulheres ficam em imersão na banheira, piscina ou no mar. Duvidei um pouco, mas como eu queria parto normal e minha cesárea já estava pré agendada para terça-feira, resolvi que eu poderia tentar. No máximo conseguiria aproveitar a energia do mar e ter um dia agradável.
    Minha barriga estava imensa e eu já estava passando os dias na casa de minha mãe para não ficar sozinha em casa, por precaução, pois meu marido ficava no trabalho o dia todo. Neste dia pedi para minha mãe para me levar para tomar a vacina da gripe e após irmos à praia. Ela me levou e ficou na areia, apreensiva, pois o mar estava um pouco batido. Imagina: uma mulher com a barriga gigantesca, 9 meses de gestação, entrando no mar rsrs.
    Fiquei pouco tempo pois minha mãe não quis entrar. Quando retornamos à sua casa, chamei minha irmã para ir comigo novamente. Lá estava eu, com meu barrigão na água...Lá encontramos conhecidas que falaram que conheciam sobre barrigas e partos, e minha barriga estaria muito alta, não entraria em trabalho de parto até a data marcada da cesárea...Fiquei triste mas ao mesmo tempo tinha uma esperança lá no fundo de que conseguiria.
    Para mim, soava muito estranho chegar na maternidade e simplesmente dar à luz. Eu acredito que devamos respeitar o tempo da natureza, o tempo da criança. E eu queria ter a tranquilidade de saber que meu filho nasceu no seu momento certo, quando sua alma estava devidamente preparada para encarar este novo desafio que é a vida!
    À tarde comecei a sentir umas dores nas costas, mas não dei muita confiança pois naquela altura eu já não tinha mais posição pra nada...Meu marido foi me buscar e quando eu fui entrar no carro senti uma fisgada nas costas e na barriga muito forte. Cismei que era uma crise de gases, fui para casa tomar remédio para cólica e gases, e resisti para ligar para a médica. Naquele momento eu percebi que a hora havia chegado, fui urinar e saiu um muco com um pouco de sangue, e ali eu me vi em completo desespero...Era como só 9 meses não tivessem sido suficientes para eu me preparar psicologicamente. Parecia que este dia não chegaria...Fui sendo tomada por um misto de medo e emoção, meu marido eufórico, ligou para toda a família e me levou para a maternidade. As cólicas no trajeto até o hospital eram tão fortes que eu não conseguia nem falar...
    Infelizmente eu não tive dilatação suficiente e tive que fazer a cesárea, mas eu estava muito feliz pois o meu filho escolheu a hora de vir ao mundo...Isso me fez sentir confiante de que tudo estava acontecendo como deveria ser!

E nasce uma mãe.

Meu nome é Ana, tenho 33 anos, sou mãe do Rodrigo, há 1 ano. Fui mãe após os 30 anos. A meu favor está a maturidade, que é tão importante no momento que nasce uma mãe. Sim, pois quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Você pode ter se preparado, lido livros, visto vídeos, feito workshops...acontece que na hora que nasce o seu bebê....pronto: é uma loucura hormonal, sentimental, passional. A mente racional já não funciona mais, o que temos é o instinto selvagem de cuidar da cria e viramos leoas. Qualquer coisa que ameace nosso espaço passa a ser detestada e combatida.
É, quem disse que seria fácil ser mãe? Cuidar de uma nova vidinha que toma nosso tempo 24 horas por dia, que nos faz esquecer de nós mesmas e viajar no mágico mundo da maternidade.
As dificuldades existem sim e são muitas, mas, pode acreditar, todo esforço é recompensado quando você toma seu filho nos braços...quando ele te olha, e conecta-se a você de forma tão profunda que só vocês dois entendem.
O objetivo deste blog é passar um pouquinho da minha experiência até aqui, aprender com outras mães e nos divertir trocando figurinhas.