Não há nada mais cruel do que fazer comparações entre os bebês e crianças.
É muito comum quando duas mães se encontram na rua com seus bebês de idades próximas e uma delas dispara: o meu bebê já fala. Daí a outra retruca: o meu ainda não fala, mas já bate palminha...Pronto: foi dada a largada para a competição de qual bebê é o mais esperto, desenvolvido ou mais bonito.
Essa competição surge a partir dos pais, que orgulhosos de sua cria, querem enaltecer suas qualidades a todo custo e não aceitam que seu bebê fique "para trás".
Esse comportamento competitivo desde cedo permeando a vida do bebê apenas contribui para estimular a rivalidade.
Eu acredito que devamos sim enaltecer as qualidades dos nossos filhos, no sentido de estimular ainda mais seus talentos e seu desenvolvimento. A criança precisa deste combustível para avançar em suas descobertas.
O que não acho legal é a disputa que os pais instalam, tratando seus
filhos como troféus, estimulando o mesmo comportamento nos
pequenos.
Acredito que, acima de tudo, a criança deva entender desde cedo que cada indivíduo tem qualidades especiais, e que na vida em sociedade, elas se complementam.
Uma dica que dou para os pais é que estimulem seus filhos, parabenizando seus esforços e deixando claro que mais vale tentar e se esforçar em determinada atividade do que o resultado propriamente dito. Ensine-os a respeitar as diferenças.
Cabe a nós, pais, a função de educar nossos filhos com os valores da compreensão, respeito, cooperação e humildade.
Acredito que possamos através dos nossos pequenos tornar o mundo um lugar melhor, sem tanto conflito, um mundo onde não só as competências sejam valorizadas, mas principalmente a fraternidade e a solidariedade.
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