Eu e meu grande amor

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um dos nossos momentos mágicos

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A importância da amamentação precoce



    Uma das coisas que me deixa muito revoltada é não ter amamentado o meu filho logo após o nascimento. Isso aconteceu pela minha desinformação.

    A pediatra que fez a sala de parto instituiu em seu protocolo que os bebês recém-nascidos devem ter apenas um rápido contato com a mãe após o nascimento e voltar a estar em sua companhia horas depois. Seu argumento é referente ao cansaço do parto, e que esse seria um tempo para a mãe se restabelecer da cirurgia e anestesia. 
    Com isso, o primeiro alimento que o meu bebê entrou em contato foi com uma fórmula com leite de vaca. Seu intestino ainda imaturo foi “bombardeado” com proteínas estranhas ao seu organismo.       
    Acredito que isso fez disparar o gatilho da alergia ao leite de vaca do meu filho.
    Me arrependo muito de não ter me informado melhor sobre a amamentação precoce e de não ter escolhido a pediatra da sala de parto.
    Para que as futuras mamães entendam melhor do que se trata, fiz um resumo sobre a fisiologia do recém-nascido e da amamentação:
    Ao nascer, o bebê está preparado para receber o colostro, alimento rico em proteínas, que confere a ele sua primeira proteção imunológica. 
    O colostro também ajuda o intestino a amadurecer, dificultando a entrada de microorganismos nocivos e alérgenos, além de fazer uma limpeza intestinal pelo seu efeito laxativo. 
    Fornece açúcar de forma imediata e disponível ao bebê, sem a necessidade de digestão ou transformação. 
    Também ajuda o bebê a não ter perda de caloria muito grande e o ajuda a reter água. 
    Ao mamar, o bebê estimula a produção de ocitocina materna. Este poderoso hormônio estimula as contrações uterinas, ajudando na eliminação dos lóquios (restos de tecido do útero, sangue e muco), e estimula a descida do leite. 
    O ato de o bebê sugar o seio da mãe também faz com que haja liberação da prolactina, hormônio que estimula a produção do leite. 
    Além disso, o contato com o bebê faz com que a endorfina também seja liberada, o que ocasiona sensação de bem estar materna.

    Facilmente podemos concluir que quanto antes for a primeira mamada mais benefícios a mãe e o bebê terão. 
    A mãe ficará mais tranquila e feliz, terá estimulada a sua produção de leite, e o bebê terá contato com o alimento ideal para seu desenvolvimento e proteção. 
    Isso sem contar no vínculo mãe-filho, que fica fortalecido desde cedo.

    No meu caso, Rodrigo nasceu por volta das 22 hr. Ele só foi para o quarto para mamar às 05:30 h.    
    Nesse tempo, eu mal consegui descansar pois a ansiedade me consumia. Qualquer barulho eu pensava ser a enfermeira trazendo ele para o quarto. Sem contar que não tinha posição para ficar na cama, tive uma coceira terrível devido a anestesia e meu marido, que dormia no sofá, roncava demais. 
    Ou seja, uma junção de ansiedade e estresse. Tudo o que não colabora para o restabelecimento de uma cirurgia, muito menos com a amamentação.

    Recomendo a todas as futuras mamães que leiam bastante sobre a amamentação precoce e procurem conhecer o pediatra que fará a sala de parto, conversando sobre sua vontade de amamentar o bebê após o parto e de ficar em alojamento conjunto com ele. 
    Existem estudos que atestam as vantagens da amamentação na primeira meia hora de vida do recém-nascido e a UNICEF apoia esta prática através da campanha Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
    Não se deixem vencer pelo argumento do cansaço pós-parto usado por muitos médicos ou mesmo pelo discurso de que seu filho passará fome se consumir apenas seu colostro. 
    Esse é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para seu bebê.



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