Uma das coisas que me deixa muito revoltada é não ter amamentado
o meu filho logo após o nascimento. Isso aconteceu pela minha desinformação.
A pediatra que fez a sala de parto instituiu em seu
protocolo que os bebês recém-nascidos devem ter apenas um rápido contato com a
mãe após o nascimento e voltar a estar em sua companhia horas depois. Seu
argumento é referente ao cansaço do parto, e que esse seria um tempo para a
mãe se restabelecer da cirurgia e anestesia.
Com isso, o primeiro alimento que o meu bebê
entrou em contato foi com uma fórmula com leite de vaca. Seu intestino ainda
imaturo foi “bombardeado” com proteínas estranhas ao seu organismo.
Acredito
que isso fez disparar o gatilho da alergia ao leite de vaca do meu filho.
Me arrependo muito de não ter me informado melhor sobre a amamentação precoce e de não ter escolhido a pediatra da sala de parto.
Para que as futuras mamães entendam melhor do que se trata, fiz um resumo sobre a fisiologia do recém-nascido e da amamentação:
Ao nascer, o bebê está preparado para receber o colostro,
alimento rico em proteínas, que confere a ele sua primeira proteção imunológica.
O colostro também ajuda o intestino a amadurecer, dificultando a entrada de
microorganismos nocivos e alérgenos, além de fazer uma limpeza intestinal pelo seu
efeito laxativo.
Fornece açúcar de forma imediata e disponível ao bebê, sem a
necessidade de digestão ou transformação.
Também ajuda o bebê a não ter perda
de caloria muito grande e o ajuda a reter água.
Ao mamar, o bebê estimula a produção de ocitocina materna.
Este poderoso hormônio estimula as contrações uterinas, ajudando na eliminação
dos lóquios (restos de tecido do útero, sangue e muco), e estimula a descida do
leite.
O ato de o bebê sugar o seio da mãe também faz com que haja liberação da
prolactina, hormônio que estimula a produção do leite.
Além disso, o contato
com o bebê faz com que a endorfina também seja liberada, o que ocasiona
sensação de bem estar materna.
Facilmente podemos concluir que quanto antes for a primeira
mamada mais benefícios a mãe e o bebê terão.
A mãe ficará mais tranquila e
feliz, terá estimulada a sua produção de leite, e o bebê terá contato com o
alimento ideal para seu desenvolvimento e proteção.
Isso sem contar no vínculo
mãe-filho, que fica fortalecido desde cedo.
No meu caso, Rodrigo
nasceu por volta das 22 hr. Ele só foi para o quarto para mamar às 05:30 h.
Nesse tempo, eu mal consegui descansar pois a ansiedade me consumia. Qualquer
barulho eu pensava ser a enfermeira trazendo ele para o quarto. Sem contar que não
tinha posição para ficar na cama, tive uma coceira terrível devido a anestesia e meu marido, que dormia no sofá, roncava demais.
Ou seja, uma junção
de ansiedade e estresse. Tudo o que não colabora para o restabelecimento de uma
cirurgia, muito menos com a amamentação.
Recomendo a todas as futuras mamães que leiam bastante sobre
a amamentação precoce e procurem conhecer o pediatra que fará a sala de parto, conversando
sobre sua vontade de amamentar o bebê após o parto e de ficar
em alojamento conjunto com ele.
Existem estudos que atestam as vantagens da amamentação na primeira meia hora de vida do recém-nascido e a UNICEF apoia esta prática através da campanha Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
Não se deixem vencer pelo argumento do cansaço pós-parto usado por muitos médicos ou mesmo pelo discurso de que seu filho passará fome se consumir apenas seu colostro.
Esse é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para seu bebê.
Existem estudos que atestam as vantagens da amamentação na primeira meia hora de vida do recém-nascido e a UNICEF apoia esta prática através da campanha Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
Não se deixem vencer pelo argumento do cansaço pós-parto usado por muitos médicos ou mesmo pelo discurso de que seu filho passará fome se consumir apenas seu colostro.
Esse é sem dúvida o melhor e mais completo alimento para seu bebê.
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