Eu e meu grande amor

Eu e meu grande amor
um dos nossos momentos mágicos

terça-feira, 9 de junho de 2015

A ditadura da maternidade moderna

    Você vai ser mãe? Ótimo, siga a cartilha da maternidade moderna:
- volte ao trabalho o quanto antes senão  seu chefe ou seus clientes verão  que você não faz tanta falta assim
- providencie a creche onde colocará seu filho desde já, afinal, ele tem que se socializar com os amiguinhos e tias da creche e você tem que ficar livre para trabalhar,malhar, sair com amigas e dar atenção ao marido
- amamentar é coisa do passado, a criança fica forte é tomando fórmulas
- de nada adianta evitar doces e frituras pois seu filho comerá isso mais dia menos dia, seu esforço em criar hábitos saudáveis irá por água abaixo
- pensou em largar o trabalho para se dedicar ao seu filho? que total absurdo, sua carreira e independência financeira valem mais do que isso
- largou a carreira? Então você tem que cuidar da casa, lavar,limpar e fazer comida. Tá querendo vida boa sendo só mãe?
    E por aí vai...
    Digo às futuras ou novas mães, por experiência própria: quando peguei meu filho no colo pela primeira vez, minha única vontade foi viver a maternidade intensamente. 
    Essa vontade foi crescendo e quando decidimos aqui em casa que eu ficaria com o Rodrigo ao invés de colocá-lo na creche eu estava muito convicta da decisão. 
    Não tem sido fácil pois não tenho empregada nem babá, e Rodrigo tem muita energia.  Tem dias que mal consigo almoçar.  
    Só que acompanhar cada conquista dele, cada nova gracinha, poder brincar e educá-lo, não tem preço. Sem contar a minha tranquilidade em relação à sua alimentação, pois ele tem alergia alimentar e reage até  mesmo a traços de leite e soja por exemplo. Aqui em casa eu tenho certeza da sua segurança alimentar.
      Invento brincadeiras, danças e demais atividades para entretê-lo, estimulando suas habilidades...
      Percebo que a sociedade está às avessas. Ter um filho virou algo mecânico, pré-moldado.
     Digo para algumas amigas que também optaram por cuidar de seus filhos que nós somos revolucionárias da nossa era. Somos as heroínas da resistência. 
    Sofro em ver mães retornarem da licença maternidade chorando. Elas não tem opção.
    Sofro com o choro de seus bebês, que vão chorar até cansar, e então, pronto: estarão inseridos nas regras da sociedade. Tem pessoas que aí dirão: viu, não morreu por causa disso.
    Graças a Deus tenho a oportunidade de me dedicar à maternidade integralmente e apesar de todas as dificuldades e a falta de tempo para fazer qualquer outra coisa, eu digo: não me arrependo de nada. Faria tudo novamente.
    

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